De todos os passeios em Amsterdã, eu sabia que um ia ser especial: visitar a Casa de Anne Frank, afinal não há como não se emocionar ao chegar perto da casa onde a jovem ficou escondida durante a Segunda Guerra Mundial. Eu conheci sua história lendo seu livro-diário mais ou menos quando eu tinha a mesma idade em que ela precisou passar pelos horrores da guerra. Então já era certo que esse seria uma momento muito emocionante da viagem.
A Casa da Anne Frank está localizada no canal Prinsengracht, nºs 263-267, no centro de Amsterdã. Sua fachada se assemelha às outras construções da cidade, porém por dentro o prédio respira história. A minha primeira impressão ao chegar na frente da construção foi pensar: “Uau, não é possível que eu estou aqui, onde aconteceu tudo aquilo”. Surreal.
O antigo esconderijo de Anne Frank e sua família se tornou museu em 1960. Ao entrar no local é possível ter uma certa noção do quanto deve ter sido difícil viver por dois anos lá. Os visitantes têm acesso ao escritório que existia e ao esconderijo atrás da estante giratória.
Há poucas janelas e elas estão fechadas. É possível conhecer vários aposentos da casa, que a pedido do pai de Anne Frank quando o museu foi inaugurado, estão vazios, para provocar a sensação de ausência, “o vazio de milhões pessoas que nunca mais voltaram”. Nas paredes, estão fotos e objetos que tentam ilustrar um pouco dos fatos que aconteceram ali e contar a história daquelas pessoas.
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O passeio se dá seguindo um trajeto marcado e sinalizado, primeiro passando pelo escritório, depois pelo anexo secreto, incluindo corredores apertados e escadas íngremes. Algo que me chamou atenção foi o piso. Para evitar qualquer desconfiança durante a guerra, a família de Anne precisava pisar com todo cuidado para não fazer barulho. Os visitantes dos museus hoje parecem repetir o mesmo gesto, como em um ritual.
No museu o visitante também pode chegar perto dos originais (isso mesmo, os originais) do Diário de Anne, que deram origem ao famoso livro. Também é comovente o vídeo no qual o pai da judia, único sobrevivente entre os moradores do esconderijo, conta sobre a decisão de publicar o diário.
Curiosidade: Em 1961, Otto Frank mandou fazer maquetes do anexo, que mostram como ele estava mobilado durante o tempo em que serviu de esconderijo. Algumas fotos estão expostas no museu.
História
Anne Frank foi uma das vitimas de um dos momentos mais tristes da história da humanidade e acabou se tornando um simbolo imortalizado. Ela e sua família foram encontrados pelos nazistas pouco antes do fim da guerra, porém, mesmo assim, ela morreu de Tifo, aos 15 anos, no campo de concentração Bergen-Belsen, em março de 1945.
Compra de ingressos para a Casa de Anne Frank
Desde maio de 2016, há um novo sistema de compra de ingressos para quem deseja visitar a Casa de Anne Frank. Das 9h às 15h30, o museu estará aberto somente para visitantes que possuam um bilhete online para um horário determinado. Você pode comprar seu ingresso aqui.
A partir de 15h30 até a hora do fechamento, não é mais necessário o bilhete online e é possível visitar o museu adquirindo seu ingresso na entrada. A quantidade de ingressos online é limitada. Estes ingressos são disponibilizados para venda, no website, exatamente de dois meses de antecedência.
Adultos: € 9,00
10-17 anos: € 4,50
0-9 anos: grátis
Portadores do cartão de desconto Museumkaart: grátis
Portadores do cartão de desconto CJP: € 4,50
Online ticket: + € 0,50
Ps. Como não pode tirar foto lá dentro, as imagens são do próprio museu!
Respostas de 3
Poder chegar perto de lugares como esse não nos fazem nem de longe compreender o que os judeus passaram na Segunda Grande Guerra Mundial,mais por outro lado,nos dão a certeza de que o Holocausto não pode ser esquecido e nem repetido… ..Estou planejando minha viagem para lá justamente para poder tentar compreender mais sobre esse tempo tão escuro pelo qual a humanidade insiste em esconder e até muitas vezes negar…mais enfim não consigo encontrar muitas informações sobre o museu,se você pudesse me dar algumas dicas sobre o museu(principalmente sobre a loja do museu)ficaria muito agradecido.
Oi Paulo, obrigada pela sua mensagem. Uma dica que te dou é ler bastante sobre a história de Anne Frank e sobre o museu antes de ir, principalmente se você não fala inglês bem. Quanto mais você souber sobre o que aconteceu ali mais vai absorver a história e energia da casa. E também fique atento sobre o novo sistema de compra de ingresso. Sobre a loja, não me lembro muito, mas como todo museu, apresenta muito souvenirs, porém com preços mais caros que em outras lojas da cidade. Aqui você pode adquirir mais informações: http://www.annefrank.org/pt/Museu/Informacoes-praticas/Loja/. Com relação a visitar locais ligados à guerra, acabei de chegar de Berlim, cheia de histórias pra contar. Muito emocionante, principalmente a vista ao campo de concentração. Aos poucos vou postar aqui!
Muito obrigado,pela resposta.Conheci o diário de Anne Frank com 13 anos,e, hoje com 16 ainda me emociono muito,com sua história.E é por sua linda história de luta pela vida que, eu encontro cada vez mais força para divulgar cada vez mais e mais sobre o Holocausto.Afinal é nosso dever lutar por aqueles que não puderam nem se defender, e impedir que o Holocausto caia no esquecimento.quanto a sua viagem a Berlim,estou ansioso pelo seus post!!